boto-cinza

Sotalia guianensis
Você sabia que o boto-cinza é um dos símbolos do Rio de Janeiro? É ele que estampa o brasão da cidade há 120 anos. Um dos menores cetáceos (no máximo 2,1m de comprimento, com cerca de 80kg), não é dos mais saltitantes e nem gosta de nadar perto de embarcações, como outras espécies. Passam a vida em uma mesma área, principalmente zona costeira, enseadas e baías, e, por isso, acabam sendo expostos aos impactos humanos, ameaçados por poluição química e sonora, tráfego de navios e capturas acidentais em redes de pesca. Outro fator que dificulta a preservação da espécie é que a fêmea tem um filhote apenas a cada dois anos e meio/três anos. A gestação dura quase um ano e o “bebê” é amamentado por, pelo menos, um ano. Os botos demoram, no mínimo, seis anos até estarem maduros para a reprodução.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
baixo risco
vulnerável
dados deficientes
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

BALEIA-DE-BRYDE

Balaenoptera brydei
Com uma forma de corpo hidrodinâmica e esguia, a maioria das baleias-de-Bryde apresenta três quilhas proeminentes na alto da cabeça (enquanto outras baleias possuem apenas uma). Esta é a melhor característica para distinguí-las de outras espécies no mar. A forma de sua cabeça é mais pontuda, quando vista de cima, e geralmente exibe a cor cinza escuro no dorso, e claro embaixo. O tamanho se aproxima dos 15 metros (filhote nasce com 4m), com peso de 40.000kg. Geralmente, são vistas sozinhas ou em pares, mas se agregam em grupos de até 20 animais, nas regiões onde se alimentam. Quando mergulham, costumam arquear as costas. São capazes de nadar a velocidades de até 25 km/h, e podem mergulhar a cerca de 300 metros. E sabe aquele borrifo típico da baleia? Esta espécie pode produzir um que não seja visível, dificultando achá-las, às vezes. Outra característica peculiar da Bryde é a ausência de uma estação bem definida de reprodução: os nascimentos acabam ocorrendo ao longo do ano. As baleias-de-Bryde nunca foram caçadas tão intensamente quanto espécies maiores, as baleias azuis e fin. Menos de 8.000 foram mortas no hemisfério sul, no século passado. Não é, portanto, uma espécie considerada em perigo ou ameaçada, e pelo menos no Pacífico Norte ocidental, a tendência é crescente. No Rio de Janeiro, estão bem pertinho da costa na primavera e verão. Ficam por ali se alimentando de sardinhas e manjubas com câmeras fotográficas apontadas pra elas, de quem não quer perder o registro.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
baixo risco
vulnerável
dados deficientes
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

BALEIA-JUBARTE

Megaptera novaeangliae
Suas caraterísticas físicas são bem peculiares: as nadadeiras peitorais extremamente longas (até um terço do comprimento do corpo) possuem uma série de calosidades, conhecidas como tubérculos. Estes aparecem em maior quantidade perto dos lábios e do queixo. Uma jubarte recém-nascida tem cerca de 4,3 metros de comprimento, com 680kg. Adulta, atinge entre 11 e 17 m. Peso? Nada menos que 40.000 kg. Presente por todo canto do mundo, com exceção de algumas regiões equatoriais, mares fechados e partes do ártico, a espécie costuma se alimentar e reproduzir em costas, oferecendo um show com seus saltos quase completamente para fora d’água. Elas chegam a se deslocar 8.000km (só ida) nas migrações. Sua dieta é das mais variadas entre as baleias. Além de krill, comem diversos peixes, entre arenque, cavala, sardinha e anchova. E é uma das poucas também que parecem usar a técnica da alimentação cooperativa, que consiste em agrupar presas com a ajuda de outras para facilitar o processo. No Brasil, se concentram na época reprodutiva no Banco dos Abrolhos. Nesse caminho, passam pelas águas fluminenses, em mais um espetáculo!
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
baixo risco
vulnerável
dados deficientes
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

ORCA

Orcinus orca
A combinação preta e branca em um corpo robusto não deixa dúvida quando se trata de uma Orca no mar. E ainda tem a nadadeira dorsal alta e ereta, quase tão distinta quanto o padrão de tons. Nas fêmeas e nos jovens, essas nadadeiras geralmente são pontudas ou ligeiramente arredondadas e curvadas na ponta. Já nos machos, mais triangulares. Chegam a quase 10 metros, com 10.000kg (nascem com mais de 2m e cerca de 170kg). Podem viver até 90 anos! É um dos animais marinhos mais apaixonantes a serem observados na natureza, por serem muito ativas e com saltos exuberantes, que ajudam em suas caças. Têm uma das maiores gestações entre os mamíferos: duram entre 15 e 18 meses. Apelidada de “baleia assassina”, são conhecidas por atacar mamíferos marinhos de todos os grupos, de lontras a baleias-azuis. Mas as orcas frequentemente comem peixes, incluindo tubarões e arraias, além de aves e tartarugas marinhas. Possuem diversas estratégias de alimentação, como o “encalhe” intencional na praia para chegar aos lobos marinhos. Uma imagem que vale a pena ver! No Rio de Janeiro, patrulham toda a costa e também chegam a ser vistas em águas oceânicas. Passam pelo litoral carioca principalmente na primavera e verão. E até entram na baía de Ilha Grande procurando alimento.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
baixo risco
vulnerável
dados deficientes
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

GOLFINHO-NARIZ-DE-GARRAFA

Tursiops truncatus
É, digamos, a estrela entre os golfinhos: o mais conhecido no mundo inteiro. Quem não lembra (ou ouviu falar) do Flipper, da famosa série de televisão? Fora isso, está espalhado por todos os mares do planeta, tanto em águas costeiras quanto oceânicas. Essa simpática espécie exibe a linha dos lábios curvada, o que faz parecer um sorriso – muitos povos acreditam nisso. Nascem com cerca de 1 metro e, adultos, podem atingir até 3,8m. Em geral, andam em grupos com menos de 20 animais, mas já foram vistos entre centenas, como no Pacífico e no Índico. No Brasil, usam baías e estuários. No Rio de Janeiro, adoram passear pelas ilhas que ficam próximas à costa (Ilha de Cabo Frio, Ilhas Maricás, Ilhas Cagarras, Ilha Grande).
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
baixo risco
vulnerável
dados deficientes
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

GOLFINHO-DE-DENTES-RUGOSOS

Steno bredanensis
Os dentes com finas estrias verticais são os responsáveis pelo curioso nome dessa espécie, que tem o dorso cinza ou marrom, o ventre claro, a ponta do bico branca e manchas pelo corpo. Outra característica marcante é o formato da cabeça em cone. Um animal forte e robusto, podendo chegar a mais de 2,65 metros. Pode ocupar regiões de águas profundas, mas também utiliza enseadas e baías. No Sudeste do Brasil, são comumente vistos bem pertinho da costa. Adoram  as baías de Guanabara e de Ilha Grande. “Brincalhões” e altamente sociáveis (acompanham barcos e interagem com seres humanos), não é raro ver um golfinho desses carregando objetos encontrados no mar, sobre a cabeça ou presos às nadadeiras. São capazes de mergulhar muito profundamente, e permanecer mais de 10 minutos debaixo d’água.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
baixo risco
vulnerável
dados deficientes
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

GOLFINHO-PINTADO-DO-ATLÂNtico

Stenella frontalis
Talvez uma das espécies mais fáceis de identificar por quem não é especialista no assunto: o corpo desse golfinho, como o nome entrega, é coberto por pintas. E o diferencial de outras espécies é, além das pintas, uma mancha na parte dorsal, chamada de “blaze” ou selim. Mas ele não nasce assim – as pintas vão surgindo ao longo dos anos. Outra característica exposta em seu apelido: vivem somente nas águas do Oceano Atlântico. O tamanho chega a 2,30 metros de comprimento. São ativos, ligeiros e saltam com frequência. Viraram atração turística nas águas quentes e claras de Bahamas, Estados Unidos, onde nadam com as pessoas, que chegam de todos os cantos para interagir com eles. No Brasil, em algumas épocas do ano, podem ser vistos bem próximos à costa. No Rio de Janeiro, entram na baía de Ilha Grande com frequência. Preferem andar em grupos pequenos, normalmente observados entre 10 a 20 animais. Os tubarões são predadores conhecidos.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
baixo risco
vulnerável
dados deficientes
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
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